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6 de maio de 2012

A preservação da Água é algo importante para nossas vidas




Uma das perspectivas sobre o futuro da humanidade diz que, assim como o homem já luta por petróleo, haverá o dia em que também travará embates pela água.

Segundo as estimativas de um Fórum Mundial sobre a Água, realizado no México, já em 2025 3 bilhões de pessoas irão viver em países com conflito por falta de água: serão as regiões mais secas do mundo.•.

Chegar a essa conta não foi muito difícil. Desde 1950, o uso da água multiplicou-se três vezes e são inúmeros os procedimentos em que é necessário o uso do líquido. Entretanto, mesmo a Terra sendo conhecida como o Planeta Água, tendo 2/3 de sua superfície coberta por ela, apenas 1% de sua vastidão azul é disponível para o consumo humano.•.

De acordo com as regiões do mundo, os números são ainda mais preocupantes: na África 230 milhões de africanos sofrerão pela escassez de água em 2025. Na última década, o continente sofreu um terço das catástrofes mundiais causadas pela água ou pela sua carência, que afetaram 135 milhões de pessoas.

Na América do Norte, existe a maior rede de abastecimento, entretanto, 49% da água é usada somente na agricultura e a região apresenta um dos maiores níveis de poluição dos rios. Na Europa, outro índice alarmante: 40% da água transportada se perdem no sistema de distribuição.

A América do Sul, apesar da riqueza hídrica, possui 2/3 de seu território classificados como zonas áridas, e o nordeste do Brasil é umas das principais.

Na Ásia, o continente mais populoso do mundo tem 86% da água destinada à agricultura, sendo a média mundial de 71%. Apenas 6% são destinados ao consumo doméstico.

A poluição também é um agravante: Um terço da população da região, que representa 58% da mundial, não desfruta de saneamento básico e o esgoto acaba poluindo rios, nascentes e oceanos.•
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Assim como outros recursos, campanhas para a preservação da água tornaram-se ferramentas importantes na garantia da manutenção da vida para as próximas décadas e séculos. Entretanto, enquanto você lê o este artigo, 10 pessoas do seu bairro estão lavando os carros em suas calçadas e até mesmo o seu filho pode estar escovando os dentes com a torneira aberta.


5 de maio de 2012

Campanha de vacinação contra gripe começa neste sábado em todo o país


Campanha de vacinação contra gripe começa neste sábado em todo o país

Devem procurar os locais de vacinação idosos com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, grávidas em qualquer período da gestação, indígenas e profissionais de saúde

Cerca de 65 mil postos de saúde em todo o país abrem neste sábado (5) para o início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. O horário de funcionamento será das 8h às 17h. A dose aplicada vai proteger também contra a influenza A(H1N1) – gripe suína.

Devem procurar os locais de vacinação idosos com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, grávidas em qualquer período da gestação, indígenas e profissionais de saúde. A meta é imunizar 24,1 milhões de pessoas até o dia 25 de maio.

Crianças que serão vacinadas pela primeira vez deverão tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Aquelas que já receberam uma ou duas doses da vacina no ano passado deverão receber apenas uma este ano. Os demais grupos deverão tomar dose única.

Em 2011, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 25,134 milhões de pessoas foram vacinadas – 84% do público-alvo. No mesmo período, foi registrada uma redução de 64% nas mortes provocados pelo vírus Influenza H1N1. Ao todo, 53 óbitos foram confirmados. Também no ano passado, houve queda de 44% nos casos graves da doença, que totalizaram 5.230.

(Com Agência Brasil)


Repensando um pouco a vida.





Vivemos num mundo globalizado que cada vez mais propaga o egoísmo, individualismo e o consumismo desenfreado.

Aprendemos que devemos nos importar somente com nosso bem estar e acabamos por não prestar atenção nas pequenas coisas que estão ao nosso redor.

Estamos nos isolando de tudo e de todos, já não nos importamos com quem convive conosco ou mora ao lado..

Estamos indo e vindo nas estradas da vida, cruzamos com pessoas, mas nem sequer olhamos em seus olhos nem lhes damos um sonoro bom dia, cheio de entusiasmo e alegria. Parece um fardo muito grande o que carregamos em nossas costas e o mau humor se apodera de nós.

Estamos nos acostumando a morar num apartamento onde o que vemos ao nosso redor são somente janelas e porque não tem o que olhar do lado de fora, não abrimos as cortinas.

Estamos nos acostumando a levantar, tomar um café apressadamente, a ler a notícia no ônibus, porque não podemos perder tempo. A comer sanduiches, porque não dá para ir para casa almoçar com a família.

Estamos nos acostumando a não corrigir nossos filhos, impor limites e exigir que nossas ordens sejam acatadas. A comprar tudo o que eles querem, porque temos que compensar, e suprir a falta dando presentes e fazendo vistas grossas. Afinal já passamos o dia todo longe e a criança precisa saber nem que seja por meio de coisas, que ela é amada.

Estamos nos acostumando a não ver mais as crianças brincarem de casinha, jogar bets e pular corda, cantar cantigas de roda e viver o faz de conta. Em vez disso incentivamos os jogos de guerra pela internet. E ainda pior, elas estão sendo jogadas nas mãos do pedófilo. Estão crescendo tendo seus direitos violados.
Estamos nos acostumando a ligar a televisão e ver noticiário sobre morte, desgraça e maldade. A ver novelas ou programas que não agrega valores algum, muito pelo contrário prega a coisa fácil, ensina a tirar vantagem do outro, enganar, surrupiar, ludibriar, enganar, mentir e tomar posse do que não nos pertence. E de tanto ver essas coisas, acabamos por achar normal e reagimos agindo da mesma forma.

Estamos nos acostumando a ser ignorados e por isso passamos a olhar o outro com desdém, caso ela não corresponda à nossa expectativa.

Estamos nos acostumando a pagar pelo produto muito mais do que realmente ele vale, a ganhar menos do que merecemos, a pagar mais impostos,, a fazer filas no banco, no caixa do supermercado. A ver nossos direitos sendo desrespeitados, e não fazemos nada. Afinal o que posso fazer para mudar isso? Não consigo sozinho...

Estamos nos acostumando a poluir o meio ambiente. Às bactérias da água potável, à contaminação dos mares, à morte lenta dos rios e nascentes, a não ouvir o cantar dos passarinhos, a não colher a fruta no pé, a não ver o doce bailar das borboletas.

Estamos nos acostumando a ser bombardeados diariamente de informações (muitas delas que nada tem haver com o que queremos). Abrir revistas e ver artigos que na realidade só falam de desgraça alheia, acusando, julgando. Muitas vezes é difícil encontrar artigos que valorizem a pessoa. A ver e engolir publicidade, que na maioria é apenas para vender um produto que você não precisa para nada. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável onda de produtores do consumo.

Estamos nos acostumando a afastar uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá. Se não posso ter casa, moro num barraco. Se não posso ter atendimento médico de acordo, compro um diclofenaco. Se o trabalho está estressante, ficamos pensando no fim de semana.

Estamos nos acostumando a não acreditar em Deus. E porque não acreditamos não precisamos observar seus Mandamentos. Nem participar da celebração da santa Missa aos domingos. Nem ler e meditar sua Palavra. Nem viver o projeto que Ele idealizou para nós.

Estamos nos acostumando a ser acostumados...

Sonia Souza


4 de maio de 2012

Dicas de alimentos na menopausa




Dicas de alimentos na menopausa

É por volta dos 50 anos de idade que o corpo da mulher começa fechar a ‘fábrica da fertilidade’, ou seja, nesta fase da vida os ovários vão parcialmente cada vez mais produzindo menores quantidades de estrogênio e progesterona até que em certo período, param de funcionar.

Com a chegada da menopausa, é preciso que a mulher procure se adaptar ao novo estilo de vida de seu organismo, principalmente em relação à alimentação, sendo que para manter o corpo em forma e assim evitar o ganho de peso é necessário ter uma alimentação equilibrada para amenizar os sintomas da menopausa, os quais provocam grande desconforto.

Desta forma, entre as principais dicas para que a mulher deve ter durante a menopausa é a alimentação, e quanto à alimentação, a mulher deverá passar a ingerir alimentos específicos para suprir a ausência de cálcio devido à diminuição da produção de estrogênio.

Assim, a dieta durante a menopausa deve conter uma grande variedade de alimentos fontes de cálcio e evitar alimentos ricos em sódio. Portanto, é indicado à ingestão moderada de salgados e abusar dos derivados do leite, peixes, brócolis, couve, nabo, acelga e queijos brancos.

Com o fim da menstruação, a perda de ferro do organismo sofre certa redução, por este motivo, as mulheres com mais de 50 anos devem reduzir a ingestão de alimentos ricos em ferro, como carne vermelha, e assim optar pelas carnes brancas.

Outra dica de grande importância é procurar alimentos fontes de fibras e sem gorduras vegetais, como por exemplo, os derivados da soja, azeite de oliva, linhaça, e alguns grãos, como feijão e lentilha, os quais são os melhores aliados da mulher durante a menopausa.

Além disso, em relação às dicas alimentares durante a menopausa ainda é válido destacar os alimentos diuréticos, verduras e frutas, enquanto o café, alimentos estimulantes, refrigerantes e bebidas alcoólicas devem ser evitados, pois tende causar irritabilidade, insônia, ansiedade e ainda dificultam a absorção do cálcio, resultando no enfraquecimento dos ossos.


3 de maio de 2012

Conheça os alimentos que mais provocam alergia




Órgão americano que controla os alimentos faz alerta sobre eles

O Food and Drug Administration, o órgão governamental americano que faz o controle dos alimentos, suplementos alimentares e medicamentos, alerta sobre os alimentos responsáveis pela alergia. Segundo o órgão, a cada ano milhões de americanos tem alergia provocada por reação a comida. Alguns alimentos que causam certas reações alérgicas fazem com que o indivíduo passe a vida inteira tratando dela. Em indivíduos mais sensíveis, a alergia pode levá-lo até ao hospital.

Um congresso médico nos Estados Unidos discutiu quais são os alimentos que mais provocam alergia ao ser humano. Segundo a pesquisa, existem mais de 160 alimentos responsáveis pela alergia. No entanto, apenas oito deles são identificados como os que mais provocam reações alérgicas ao organismo humano.

Como os alimentos que mais causam reação ao organismo foram apontados o leite, ovos, peixe, crustáceos, marisco, frutos de casca rija, amendoins, trigo e soja. Esses oitos alimentos e todos os derivados deles são, de acordo com pesquisadores, os que mais provocam alergia ao homem. Como reconhecer os sintomas alérgicos provenientes da comida?

Os sintomas da alergia surgem no organismo em alguns minutos ou duas horas depois que a comida foi ingerida. A FDA alerta para sintomas que alguns alimentos podem causar na pessoa sensível a ele: urticária, erupção cutânea, formigueiro ou sensação de coceira na boca, edema no lábio ou no rosto, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, tosse, tonturas, inchaço nas cordas vocais e garganta, dificuldade de respirar e até mesmo perda da consciência. O FDA avisa que ao primeiro sinal de alergia, a pessoa deve procurar o médico.


Uma pequena reflexão




Minha vida não tem sido muito fácil, mas quanto mais vivo e passo por problemas, mais tenho certeza na presença de Deus em minha vida. Sei que ele esta comigo nas horas mais complicadas e difíceis, sinto sua presença e seu auxilio, sua ajuda em todos os sentidos. Não sei como explicar, mas vem uma certeza do que tenho que fazer e de que tudo vai dar certo, é uma confiança em mim mesmo e principalmente neste Deus que existe e é maravilhoso.

Por isso às vezes paro para pensar como a gente é ingrato com Deus. Não compreendemos muitas vezes as situações que estamos passando e o que mais fazemos é descontar Nele toda a raiva e a impotência diante do que estamos vivendo naquele momento. Falamos mal, maldizemos, ofendemos, fazemos acusações sem sequer sabermos o porquê de estar acontecendo aquilo conosco. Estou dizendo isto por que já fiz muito. Tenho consciência que ofendi muito a Deus com minhas palavras e atitudes, já fui muito ingrato, prepotente, arrogante, e mais algumas coisas que é bom nem falar. Quis ser o dono da verdade e dar ordens a Deus (coitadinho de mim), querendo que fosse feito a minha vontade e não a de Deus, como se eu soubesse o que é melhor para mim. Quanta ingenuidade de minha parte, mas até nessa situação Deus esta PRESENTE E É MISERICORDIOSO COM A GENTE, nos acompanha e nos protege, ainda mais nestas horas de dificuldades.

Agradeço a Deus por me dar a chance de ver o quanto sou pequeno e cheio de defeitos. O quanto sou dependente de sua graça e boa vontade. O quanto preciso dele para viver, mesmo que em algumas horas eu me ache o tal (quanta arrogância). Obrigado meu Deus por minha vida e meus problemas, só assim estou descobrindo o quanto o Senhor significa em minha vida. Que seja feita sua vontade e não a minha, que eu aprenda e entenda que é o Senhor que esta no comando de minha vida. Que eu compreenda, que se creio e estou disposto a segui-lo, também compreenda que Ele só quer meu bem e minha felicidade.

Como esse Deus que é amor vai querer outra coisa para quem é dele e crê em sua existência? Acredito e creio em Nosso Senhor Jesus Cristo, para isso fomos criados. Que vivamos esse amor para com Deus, por que Ele nos prova a cada dia que amanhece o milagre de nossa existência, o milagre da vida, que só Ele é capaz de nos dar.

Que eu entenda que para segui-lo terei que mudar minha vida, meus conceitos e minhas atitudes perante meu próximo e principalmente em relação ao que Ele significa.

Não é fácil abandonar um modo de vida que estamos acostumados a viver achando que esta tudo certo e correto.

Quando se começa a ouvir Jesus, a verdade é uma só. Começamos a abrir os olhos e ver que esse modo de vida muitas vezes não esta certo e nem leva a lugar algum. Aquilo que parecia correto e certo é muitas vezes motivo de sofrimento para a própria pessoa e os que vivem a sua volta.

Passamos a compreender o quanto aquele modo de vida esta errado perante Deus, o quanto estamos afastados Dele, quantas besteiras fazemos achando que estamos corretos.

Mas só conseguimos ver isso com clareza quando deixamos Ele nos falar, até nisso Deus é maravilhoso, ele nos respeita (coisa que muitas vezes nós não fazemos por Ele) e acata aquilo que queremos fazer, não nos força a nada, temos o direito de escolher o que queremos.

Como não acreditar e crer em sua existência?

Como nega-lo e achar que ele não existe?

Como duvidar deste Deus que é amor para com a humanidade?

Hoje em dia estamos nos afastando dos ensinamentos de Deus cada vez mais, estamos achando que tudo é normal e permitido. A inversão de muitos valores morais, conduta, tudo é liberado para ser feito e vivido.

Será que tudo podemos fazer mesmo? Será que realmente é do agrado de Deus este modo de vida desregrado e sem limites?

Para onde caminha nosso mundo e nossa fé neste Deus que criou tudo isso e nos deu de presente?

São perguntas que são muito difíceis de ser respondido, cada um de nós tem sua maneira de pensar sobre elas. Mas também é verdade, que se olhar para Deus e acatarmos seus ensinamentos, veremos que nada disso estaria acontecendo em nosso mundo.
Que Deus na sua imensa misericórdia e amor por nós nos proteja do que vem por ai. Que Ele nos ajude a fortalecer a fé e a confiança que é tão necessária para não nos perder neste mundo tão fora de suas leis e ensinamentos.


Marcelo Martins


2 de maio de 2012

Perguntas e respostas mais frequentes em Fibromialgia



Perguntas e respostas mais frequentes em Fibromialgia


1) O que é fibromialgia?

A fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Comumente a fibromialgia cursa com sintomas de fadiga, intolerância ao exercício e sono não repousante (isto é, a pessoa acorda cansada). Nós, médicos, chamamos a fibromialgia de uma síndrome, pois ela é caracterizada por um grupo de sintomas sem que seja identificada uma causa única para eles.

2) O que causa a fibromialgia?

Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem fibromialgia. Isto não é relacionado com o fato de se ser "forte" ou "fraco" para dor. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um "termostato" desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro estariam fazendo que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade. Uma parte do corpo que estamos sempre machucando no nosso dia-a-dia é a musculatura. Em pessoas sem fibromialgia, estes pequenos traumas, distensões e tensões passam despercebidos. Na pessoa com fibromialgia as dores vindas destas lesões são amplificadas, e começa o grande "círculo vicioso" dentro do músculo: a musculatura fica dolorida e contrai (tensiona) e esta tensão leva a mais dor, que tensiona mais o músculo, e assim por diante. A pessoa começa a não dormir bem (vide adiante) e não se exercitar, o que piora a dor muscular, mantendo o ciclo. Sintomas de depressão e ansiedade também podem piorar o quadro.
A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido.

3) A minha dor é real ou está só na minha cabeça?

A dor da fibromialgia é real. Vários estudos experimentais avançados, que mostram o cérebro funcionando, mostram que os pacientes com fibromialgia estão sentindo dor e, além disso, que sentem mais dor do que pessoas sem fibromialgia. Também foram feitos estudos com o líquido que banha a medula e o cérebro (líquor) e foi visto que as substâncias que levam a sensação de dor para o cérebro estão de três a quatro vezes aumentadas em pacientes com fibromialgia, em comparação com pessoas sem o problema.
Tanto pacientes quanto médicos parecem entender melhor as causas de dor quando existe uma inflamação, um machucado, um tumor, que estão ali, visíveis, causando a dor. Na fibromialgia é diferente; se tirarmos um pedaço do músculo que está doendo e olharmos no microscópio, não encontraremos nada - porque o problema está somente na percepção da dor.

4) Existem muitos casos iguais ao meu?

Sim, existem. A fibromialgia é um problema comum, visto em pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.

5) A fibromialgia é uma doença nova?

Não. A fibromialgia já é conhecida há mais de 100 anos, mas se davam nomes diferentes para ela e não havia um consenso de como fazer o diagnóstico da doença. O nome mais comum que se usava era "fibrosite”. Em 1990, foram criados o que chamamos de "critérios de diagnóstico" para a fibromialgia. O termo fibrosite foi abandonado, pois "ite" indica inflamação e não existe inflamação na fibromialgia. A partir de então, o problema pôde ser mais bem estudado, o conhecimento sobre a fibromialgia cresceu, e mais e mais médicos começaram a fazer o diagnóstico de fibromialgia, o que fez aumentar o número de casos.

6) Como o médico sabe que eu tenho fibromialgia e não outro problema?

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, isto é, não se necessitam de exames para comprovar que ela está presente. Se o médico fizer uma boa entrevista clínica, pode fazer o diagnóstico de fibromialgia na primeira consulta e descartar outros problemas. O melhor profissional para avaliar o paciente com fibromialgia é o reumatologista, pois ele é treinado para fazer o diagnóstico das doenças que acometem os músculos e as articulações, não deixando passar doenças que possam ser confundidas com fibromialgia.
O médico irá utilizar os critérios de diagnóstico da fibromialgia, que são: a) dor por mais de três meses em todo o corpo e b) presença de pontos dolorosos na musculatura (11 pontos, de 18 que estão pré-estabelecidos). Provavelmente o médico pedirá alguns exames de sangue, não para comprovar a fibromialgia, mas para afastar outros problemas que possam simular a fibromialgia, como hipotireoidismo, diabetes, entre outros.

7) A fibromialgia é um tipo de reumatismo?

Esta é uma pergunta interessante, pois não existe um consenso do que seja um "reumatismo", e cada pessoa tem uma ideia diferente quando pensa neste termo. Se considerarmos reumatismo toda doença estudada pelo reumatologista então sim, a fibromialgia é um tipo de reumatismo. Nós a classificamos dentro do grupo de "reumatismo de partes moles", isto é, que não afeta as articulações. Vale a pena salientar que a fibromialgia NÃO é uma doença que afeta as articulações, e que NÃO existe o risco de deformidades ou perda de movimentos dos membros.

8) Por que eu demorei em saber que tenho fibromialgia?

Muitas vezes, o diagnóstico de fibromialgia não está claro na primeira vez que o paciente vai ao médico. Outras vezes, o médico não está familiarizado com o diagnóstico de fibromialgia, e acaba fazendo outro diagnóstico. Felizmente, graças a programas de educação médica continuada, isto vem acontecendo cada vez menos.

9) A fibromialgia afeta mais mulheres do que homens?

Sim. De cada 10 pacientes com fibromialgia, 9 são mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes.

10) Por que eu acordo tão cansado, como se não tivesse dormido nada?

A alteração do sono na fibromialgia é frequente, afetando quase 95% dos pacientes. No início da década de 80 descobriu-se que pacientes com fibromialgia apresentam um defeito típico no sono - uma dificuldade de manter um sono profundo. O sono tende a ser superficial e/ou interrompido. Com o sono profundo interrompido, a qualidade de sono cai muito e a pessoa acorda cansada, mesmo que tenha dormido por um longo tempo. Isto aumenta a fadiga, a contração muscular e a dor.
Por algum tempo, pensou-se que a alteração de sono era o que causava a fibromialgia. Hoje sabemos que este problema é consequência da dor, e não sua causa. De qualquer maneira, é algo que deve ser avaliado e tratado. Outros problemas no sono afetam os pacientes com fibromialgia. Alguns referem um desconforto grande nas pernas ao deitar na cama, com necessidade de esticá-las, mexê-las ou sair andando para aliviar este desconforto. Este problema é chamado Síndrome das Pernas Inquietas e possui tratamento específico. Outros apresentam a Síndrome da Apneia do Sono, e param de respirar durante a noite. Isto também causa uma queda na qualidade do sono.

11) Como a depressão ou o nervosismo estão relacionados com a fibromialgia?

A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com fibromialgia tem depressão. Isto é importante, pois por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma "depressão mascarada". Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está "somatizando", isto é, manifestando um problema psicológico através da dor.
Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar-se um paciente com FM. A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Ela deve ser detectada e devidamente tratada, se estiver presente. Muitos pacientes pensam que o tratamento da dor crônica melhorará a depressão, já outros pensam que o tratamento da depressão melhorará a dor. Não se deve perder tempo em questionar quem chegou primeiro; tanto a dor quanto a depressão devem ser tratadas de maneira independente, e o tratamento de ambas trará benefícios para o paciente.

12) Todas as dores que eu tenho são da fibromialgia?

Não. Ter fibromialgia não livra a pessoa de ter outros problemas do sistema musculoesquelético, como bursite, tendinites, artrites. O médico saberá separar as coisas e tratar cada problema de maneira apropriada. Por outro lado, várias dores que a pessoa pense que são outros problemas podem ser só manifestações da FM. A musculatura é o sistema mais dolorido na fibromialgia, mas já existe evidência que vários outros pontos do corpo apresentam sensibilidade aumentada. Por exemplo, o intestino; o paciente pode ter dores abdominais, diarreias alternadas com períodos de constipação intestinal, caracterizando a Síndrome do Intestino Irritável. Da mesma maneira, a bexiga pode ficar mais sensível, com a pessoa desenvolvendo a necessidade de urinar várias vezes por dia; é a Síndrome da Discinesia do Detrussor, ou bexiga irritável.

13) Existe cura para a fibromialgia?

Infelizmente, ainda não. Porém, com o tratamento atual da FM é possível à pessoa experimentar ficar sem dor ou com a dor a um nível muito baixo. Os outros sintomas como a fadiga, a alteração do sono e a depressão também podem ser tratadas adequadamente. Mais do que em outros problemas, o tratamento da fibromialgia depende muito do paciente. O médico deve atuar mais como um guia do que somente uma pessoa que fornece remédios. É muito importante que a pessoa com fibromialgia entenda que a atividade física regular terá que ser mantida para o resto da vida, pelo risco de a FM voltar se esta atividade for interrompida.

14) Como a fibromialgia é tratada?

O tratamento da fibromialgia divide-se em quatro pontos principais:

a) Exercícios: este é o ponto mais importante do tratamento. Costumo dizer que a pessoa com fibromialgia não se pode dar o luxo de não se exercitar. A atividade física regular é o único tratamento capaz de restaurar a pessoa para uma vida normal. Todos os outros passos do tratamento devem ter somente um objetivo: deixar a pessoa mais disposta para fazer atividade física. A atividade física deve ser realizada todos os dias, de duas maneiras: um exercício que mexa todo o corpo (aeróbico), como caminhar, nadar, correr ou praticar hidroginástica e exercícios que promovam o alongamento muscular. Os exercícios devem ser iniciados lentamente, e só depois de algum tempo é que se deve chegar ao tempo total: trinta minutos por dia. Mesmo depois que o paciente chegue a este nível de exercícios, pode haver uma demora de até um ano para que os benefícios comecem a aparecer. Por isso, quanto mais cedo se começar a atividade física, melhor.

b) Tratamento do sono: o objetivo é melhorar a qualidade do sono, não a sua quantidade. O paciente terá que acordar mais descansado do que quando foi dormir. Para isso, utilizamos remédios específicos para cada caso. Os remédios mais utilizados são os antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina. Geralmente são usados não em uma dose para a depressão, mas pequenas doses, próprias para o sono. A vantagem desta medicação é que ela não causa dependência física. Outra medicação usada é a ciclobenzaprina, que é um relaxante muscular. Ela já foi estudada na fibromialgia, e apresenta bons efeitos no sono, na dor e na fadiga. Outras medicações são utilizadas em casos de problemas específicos, como na Síndrome das Pernas Inquietas. Em casos de dúvida um estudo do sono (polissonografia) pode ser pedido.

c) Tratamento da dor: embora não exista um analgésico que tire toda a dor em um paciente com FM, este é um item importante no tratamento, pois o paciente deve ter a sua dor reduzida a um ponto que permita o início da atividade física. Este ponto tem sido mais valorizado desde que se descobriu que a dor dos pacientes é real. O tratamento deve ser iniciado com analgésicos leves, como o paracetamol e a dipirona, e outros analgésicos mais fortes podem ser usados se necessário. É muito comum que os pacientes esperem até o último minuto para tomarem analgésicos, quando a dor está "insuportável". Isto leva à piora da dor, pois a dor mal controlada leva à contração muscular, que leva a mais dor. A fibromialgia é um estado de dor crônica, e a dor deve ser tratada cronicamente, isto é, tomando-se analgésicos em horários pré-determinados. Em alguns pacientes, são encontrados na musculatura pontos de intensa contração muscular, semelhantes a pequenos caroços: são os "pontos-gatilho". Estes pontos são focos de dor, e pioram o quadro geral, Quando exercícios de alongamento não os resolvem, o médico pode lançar mão de técnicas de injeção de anestésico local nestes pontos, que geralmente são bastante efetivas.

d) Controle da ansiedade/depressão: como foi dito anteriormente, não se deve perder tempo pensando se as manifestações de alterações do humor, desânimo e tristeza são a causa ou a consequência da FM. Se estes sintomas estão presentes, devem ser tratados adequadamente. Na maioria das vezes, o reumatologista pode prescrever ansiolíticos ou antidepressivos para o paciente com FM; se o caso for grave, o paciente pode ser encaminhado para um psiquiatra. Existem técnicas psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, que têm sido estudadas na fibromialgia, com bons resultados. São técnicas de manejo de estresse e de como lidar com as limitações que a fibromialgia traz à vida das pessoas. Estas técnicas podem ser usadas em pacientes com ou sem depressão.

15) Todos os médicos falam que eu devo fazer exercícios para melhorar da fibromialgia, mas eu não consigo, pois o pouco que eu faço já me causa muita dor no corpo.

Isto é uma situação muito comum, principalmente no início da atividade física. É importante que o exercício seja iniciado de maneira lenta e gradualmente aumentado. Por exemplo, se a pessoa não está acostumada a fazer caminhadas, deve começar com 5 minutos por dia, e ir aumentando o tempo em 5 minutos toda à semana, até chegar a 30 minutos por dia. Não se deve ter pressa. Da mesma maneira, pessoas que faziam exercício e desenvolveram fibromialgia devem se acostumar com a ideia de que irá demorar um bom tempo até o retorno da capacidade física que tinham antes de desenvolver FM.

A dor ao realizar-se atividade física pode também ser minimizada com o uso de analgésicos antes de se iniciar o exercício. Não se deve ter medo que o analgésico irá mascarar alguma lesão ou piorar a situação. Pelo contrário, o uso de analgésicos irá permitir um melhor aproveitamento do momento de exercício.

16) Por que mesmo sem ter feito esforço, e estando fazendo o tratamento, meu corpo volta a doer?

Muitas vezes, apesar de tudo parecer bem, o corpo volta a doer - chamamos isto de "crise" da fibromialgia. Não se sabe o motivo porque isto acontece. Porém, algumas vezes a pessoa pode ter feito um esforço desnecessário sem perceber. Pacientes com FM, no dia em que se sentem melhor, muitas vezes querem "recuperar o tempo perdido" e passam a fazer tudo o que não fizeram na última semana, por exemplo. Isto leva a uma volta da dor. Da mesma maneira, atividades de repetição, como lavar e passar roupa pode desencadear uma crise. Para evitar as crises é preciso dividir as tarefas de casa e do trabalho e fazer um pouco a cada dia, mesmo nos dias em que tudo está bem. Também é importante mudar o tipo de tarefa que se está fazendo, para sempre modificar o grupo de músculos que está sendo usado. Por exemplo, passar parte da roupa e depois ir dobrá-la, varrer somente um cômodo e arrumar as gavetas antes de passar para outro cômodo, etc... As crises da fibromialgia podem melhorar bastante com medidas simples, como repouso e um banho quente. O médico deve ser consultado para checar a necessidade de aumento ou mudança da medicação.

17) Por que eu tomo analgésicos e eles não funcionam?

Infelizmente, o alívio com os analgésicos comuns não é total na fibromialgia. Isto acontece, pois ainda não dispomos de medicações que ajam na sensibilidade aumentada do corpo em relação à dor. Os analgésicos agem bem em dores com causa conhecida, mas menos nas situações em que o próprio corpo amplifica a dor. Isto não significa que os analgésicos não estejam funcionando; muitas vezes, quando se retira o analgésico é que se nota o quanto ele estava sendo útil.

18) Existem outros tratamentos que podem ajudar?

Vários tipos de tratamento já foram testados para a fibromialgia, e muitos deles não ajudaram. Porém, com o melhor entendimento do problema, novas medicações são esperadas em breve.

A acupuntura é um método que pode ajudar em casos de dor localizada e resistente, e é recomendada com certa frequência. Porém, deve se ter em mente que a acupuntura funciona somente enquanto o paciente está sob tratamento, e não tem um efeito duradouro.

Recentemente, injeções endovenosas de lidocaína foram usadas em casos refratários, com resultados iniciais encorajadores.


Eduardo S. Paiva

Reumatologista

Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR, Curitiba.


1 de maio de 2012

Reconheça as diferenças entre os sintomas da rinite e da sinusite





Muitas vezes confundidas, essas doenças precisam de cuidados específicos

Não há otorrinolaringologista que não escute pelo menos uma vez por dia essa frase: "Eu tenho rinite e também sinusite". As duas "ites" vêm sempre juntas na cabeça do paciente (sem trocadilhos), como dois problemas em um só. Já que a diferença entre as duas é nebulosa para a maior parte do público, as pessoas preferem declarar que sofrem de ambas, por via das dúvidas.

A rigor, rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e pode ter várias causas. Um resfriado, por exemplo, não deixa de ser uma rinite, do tipo infecciosa. Mas normalmente quando as pessoas falam em rinite estão se referindo a queixas mais duradouras (ou pelo menos recorrentes) causadas, por exemplo, pela rinite alérgica. Os sintomas mais frequentes da rinite são a coriza (secreção clara que escorre do nariz), os espirros, a coceira no nariz e o nariz entupido.

A rinite, muitas vezes, desencadeia uma sinusite. Portanto a associação em muitos casos é real.

Já a sinusite é uma inflamação da mucosa que reveste os seios da face (também chamados de cavidades paranasais). Os seios da face são espécies de câmaras de ar que ficam ao redor do nariz, forradas internamente por uma mucosa muito parecida com a do próprio nariz. Essa mucosa que reveste internamente os seios da face produz muco, exatamente como a mucosa do nariz. Esse muco drena para dentro do nariz por pequenos orifícios que comunicam os seios da face com as fossas nasais.

Se por acaso esses orifícios ficam obstruídos (seja por secreção, pelo inchaço da própria mucosa ou por outra causa), o seio da face pode tornar-se uma cavidade sem comunicação com o nariz, totalmente selada, também sem aeração. Assim como acontece com as paredes de um quarto quando o deixamos totalmente trancado (sem ventilação) por muito tempo, a mucosa que reveste os seios da face vai ficando doente, inflamada. O muco que ela produz também não tem para onde ir e acaba acumulando no seio da face e facilitando a proliferação de bactérias. Está formada a sinusite.

A sinusite pode ser dividida em aguda e crônica. A aguda é aquela que se manifesta em crises, causando forte dor facial, abundante secreção purulenta no nariz, tosse e febre. Já na sinusite crônica os sintomas são mais discretos, mas mais frequentes. Ela pode se manifestar como uma tosse persistente ou uma secreção que drena do nariz para a garganta. Mas o que mais se associa à sinusite crônica é a dor de cabeça, em especial aquela entre os olhos. Aliás, quando a maior parte das pessoas afirma ter sinusite está se referindo justamente a esse sintoma: a dor de cabeça na testa ou entre os olhos.

Aqui vale um aviso: nem sempre a cefaleia frontal (a tal dor de cabeça na testa) é sinusite. Aliás, se ela não vem acompanhada de demais sintomas nasais, provavelmente não está relacionada à doença. Nesses casos duvidosos, a tomografia de seios da face (e não a radiografia simples) é um exame de imagem muito importante para tirar a dúvida.

Mas é claro que a confusão entre rinite e sinusite não é apenas falta de informação. Existe realmente uma área de interseção entre elas. Ambas, por exemplo, causam obstrução e secreção nasal. A rinite, muitas vezes, desencadeia uma sinusite. Portanto a associação em muitos casos é real.

Por último, é preciso esclarecer algo: a rinite realmente não tem "cura" na maior parte dos casos, mas sim controle, embora possa amainar com o tempo. Já a sinusite, ao contrário, tem cura na maior parte dos casos. Mesmo a crônica, embora não raro seja necessário algum tipo de intervenção cirúrgica para isso.

Portanto, consulte seu otorrinolaringologista e seja feliz respirando pelo nariz!

Escrito por: Krishnamurti Sarmento Junior

Otorrinolaringologia